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Cénico de Direito

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Nascido no ano de 1954, pela mão de António Malaquias de Lemos, o Cénico de Direito foi o primeiro grupo de teatro universitário de Lisboa. Durante meio século de existência difícil, quando não, muitas vezes, de luta pela sobrevivência, o Cénico orgulha-se de ter já contado uma série de histórias:

• “As Surpresas do Regresso” (Mostellaria), de Plauto, levado à cena por Claude-Henri Frèches, no Teatro da Trindade e na Casa de Arganil (1954);

• “A Salvação do Mundo” origina uma série de conferências organizadas pelo grupo, subordinada ao tema “O Teatro No Mundo”, orientada por Jorge Faria (1955/1956);

• “Tempo de Espera”, de Pedro Amorim, levado à cena por Malaquias de Lemos (1957);

• “Esperando Godot”, de Samuel Beckett, e “Patrulha Para a Morte”, de Alfonso Sastre (1957/58; mas nunca mais foram representadas, devido à censura da P.I.D.E);

• “A Cantora Careca”, Eugène Ionescu, levada à cena por Malaquias de Lemos, e “As Três Máscaras”, de José Régio, levada à cena por Azinhal Abelho, apresentada no Teatro da Trindade e na Faculdade de Letras de Lisboa (1959/60);

• “A Terra Que o Coração Deseja”, de William Buttler Yeats, levada à cena por Fernando Midões (outro fundador do grupo), e “Borrão”, de Augusto Sobral, levada à cena por Morais e Castro (1959/60). O grupo participou no III Ciclo de Teatro do CITAC, em Coimbra, e no Festival de Teatro Universitário do AEIST, no Teatro da Trindade;

• “Eh! Lá Fora!”, de William Saryan, levada à cena por Fernando Gusmão, é apresentada no Festival Internacional de Nancy;

• Entre 1961 e 1971, o grupo participa pela segunda vez no Festival Internacional de Nancy, apresentando regularmente espectáculos com a colaboração de encenadores como: Luís Miguel Cintra, Adolph Gutkin, Morais e Castro, entre outros;

• “Ubu”, de Alfred Jerry, por Alberto Lopes apresentado na Sala Experimental do Teatro Nacional D. Maria II (1983);

• “Sangue no Pescoço da Gata”, de Rainer Wenner Fassbinder, com encenação de Alberto Lopes (1985);

• “Joseph K.”, de Kafka, com encenação de Alberto Lopes (1986);

• “A Noite no Arbusto”, a partir de “A Amante Inglesa”, de Marguerite Duras, com encenação de Élio Correia (1988);

• “Saudades do Paraíso”, de Yvette K. Centeno, encenada por Filipe Petronilho (1991);

• Em 1993, o grupo inicia a sua relação com o encenador Pedro Wilson e produz a peça “Henrique V”, de William Shakespeare;

• “Médico à Força”, de Molière, com encenação de Pedro Wilson (1994);

• Em 1995, o Cénico publica a primeira edição da Revista Art.245º – Declarações Não Sérias, produzida pelo próprio grupo;

• “Ricardo III”, de Shakespeare, por Pedro Wilson (1995);

• “Electra e os Fantasmas”, de Eugene O’Neil, por Pedro Wilson (1996);

• “A Varanda”, de Jean Genet, encenação de Pedro Wilson (1997);

• “As Bacantes”, de Eurípedes, mais um trabalho dirigido por Pedro Wilson (1998);

• O grupo organiza o recital Um Mar de Teatro, em 1999, para a Faculdade de Direito. Entre outros, declama-se: Jorge de Sousa Braga, António Gedeão, Fernando Pessoa e Sophia de Mello Breyner Andresen;

• “A Dama do Mar”, de Henrik Ibsen, encenado por Pedro Wilson (1998);

• “Cães Danados”, a partir de uma adaptação de texto baseada no filme Reservoir Dogs, de Quentin Tarantino, feita por Luís Filipe Borges, com o auxílio do encenador Pedro Wilson (2001);

• “A Kulpa”, baseada em “O Processo” de Franz Kafka, com adaptação de Henrique Gomes e Pedro Wilson e encenação deste último (2002);

• “À Espera de Godot”, de Samuel Beckett, novamente encenada por Pedro Wilson (2003).

• Para celebrar meio século de existência, o Cénico de Direito resolveu concretizar o primeiro Festival de Teatro organizado pelo próprio grupo. Assim, em Novembro de 2004, o Grupo de Teatro da Faculdade de Direito de Lisboa repôs as suas três últimas peças e estreou outra, bem como recebeu as actuações de outro grupo de teatro universitário e de uma companhia profissional. As celebrações do quinquagésimo aniversário também contaram com as actuações das mesmas quatro peças do Cénico de Direito em Leiria. A nova peça, apresentada pela primeira vez no Festival, é “Coisas de Mulher”, uma junção e adaptação de textos de vários autores (na sua maioria, de Luísa Costa Gomes) feitas por Pedro Wilson, o qual é, novamente, encenador.

• “A Comunidade”, a partir de uma adaptação do filme com o mesmo nome, de Alex de La Iglesia, encenação de Pedro Wilson (2006).

• “É Urgente o Amor”, de Luiz Francisco Rebello, tendo Pedro Wilson como encenador (2007).

• “Drones”, com texto final de Pedro Wilson a partir da leitura da peça CROMOS, coletânea de textos traduzida por João Maria André (2012/2013).

• No final de 2013, voltou a ser realizado um atelier de teatro, como forma de cativar mais estudantes académicos para o mundo do espectáculo.